sábado, 2 de novembro de 2013

A História da Honda

Em 17 de novembro de 1906, nascia na aldeia de Komyo,  cidade de Hamamatsu, no Japão,  o filho mais velho de um ferreiro. Seu nome, Soichiro Honda.
Era uma criança curiosa, que desde muito cedo ficava observando os motores, encantado com seus barulhos, cheiros e segredos! Nunca foi um bom aluno, pois não se interessava pelas teorias dos livros, preferindo a prática das coisas! Aos 8 anos, já havia construído uma bicicleta e aos 13 já tinha uma série de pequenas "invenções".
Aos 16 anos, Honda vai para Tokio, como aprendiz numa oficina mecânica e, poucos anos mais tarde, volta para Hamamatsu e abre a sua própria oficina. Aos 25 anos, sua oficina já havia crescido e se tornado muito lucrativa. Honda começou, então, a sua vida excêntrica. Construiu um barco de corrida e um carro muito potente, com motor de avião American Curtiss Wright.
Sempre metido em todo tipo de competição, certa vez, em um rali de velocidade, com um Ford incrementado, Honda sofre grave acidente, ficando 18 meses em recuperação!  Isso freou um pouco seu ímpeto de "playboy", fazendo encarar a vida com mais seriedade.
Já com 30 anos, decide fabricar peças ao invés de consertá-las, e começa a fabricar anéis para pistões. Mas fabricar não era tão fácil como pensava, e apesar da estrutura ( 50 funcionários e sede própria), Honda passou por um período muito difícil.  Seus recursos quase acabaram.
Depois de muita pesquisa, Honda descobre (com a ajuda de um antigo professor) o que faltava na liga dos anéis: o silício!
Finalmente, no final de 1937, a "Tokai Seiki Heavy Industries" começa a fabricar anéis de qualidade e se torna novamente (muito) rentável.
Honda decide estudar mais os metais e entra no Instituto de Tecnologia de Hamamatsu. Como nunca foi estudioso, só assistia as aulas que lhe interessava. Quando o reitor foi explicar que não poderia receber o diploma, Honda lhe diz: "Diploma ? Isso vale menos que um ingresso de cinema. O ingresso lhe garante a entrada no cinema pois você pagou, e o diploma não garante que se possa ganhar a vida com ele ... "  (em suas empresas, as pessoas sempre foram promovidas pelo trabalho e competência, independente do grau de instrução).
Na época da 2ª guerra, começou a produzir hélices para a Força Aérea Japonesa. Mas a região onde estava instalado sofreu muitos bombardeios e, em janeiro de 1945, um terremoto acaba de destruir o que ainda havia resistido.
A rendição do Japão se dá quando Honda lutava para reconstruir suas máquinas e instalações. Com futuro incerto, Honda vende sua fábrica para a Toyota, que era cliente de seus anéis. Um pouco desiludido, fica um tempo fora do circuito, gastando parte do dinheiro da venda na "vida boa".
Mas, ambicioso e predestinado, em outubro de 1946, cria o Instituto  de Pesquisas Técnicas Honda , no centro de Hammamatsu.
O Japão pós guerra estava caótico e um dos piores problemas era o transporte. Com o racionamento de combustível e trens lotados, Honda pensa pela primeira vez nas motocicletas. Comprou então um lote de motores usados para geradores, e com sua capacidade criativa, os adaptou em bicicletas, e logo estava vendendo os primeiros ciclomotores.
O primeiro lote de 500 motores arrematados foram vendos rapidamente, e Honda começou a projetar seu próprio motor. Era um motor de 50 cc com potência de 0,5 cavalo.  O sucesso de vendas foi tanto, que em setembro de 1948, era fundada a Honda Motor Company.
Pelé e a "Chaminé"
O primeiro ciclomotor Honda era de 90 cc, chamado de A. Este ciclomotor era conhecido como "Chaminé" pois a mistura combustível era rica em terebentina devido ao racionamento de gasolina, e fazia muita fumaça.
Mas Honda queria algo mais, e após vários protótipos, em 1949 nasce a primeira motocicleta Honda, com 98 cc, 3 cavalos, que seria chamada muito apropriadamente de "Dream" (sonho). A avó de todas as Hondas!
A partir daí, a história de Soichiro se confunde com a própria história da Honda!  Sua competência e genialidade, sempre à frente dos negócios e sempre dinâmico, fizeram da Honda a maior indústria motociclística do mundo.
Soichiro parecia que nunca estava satisfeito, e sempre incentivou as pesquisas,  o que levou a Honda a participar de competições de motos e carros, invariavelmente com incrível sucesso.
Empreendedor, passou a fabricar carros, motos, geradores, motores de popa, máquinas agrícolas e muitos outros produtos, mas sempre sob sua batuta.
Soichiro Honda não só fundou a maior empresa de motocicletas, mas principalmente popularizou o motociclismo e introduziu um alto nível de tecnologia e confiabilidade em veículos de duas rodas.
Infelizmente, nada é eterno...  Em 5 de agosto de 1991, Soichiro não resiste aos sérios problemas hepáticos, e deixa, aos 84 anos, o mundo do motociclismo orfão. Foi uma vida inteira dedicada aos projetos audaciosos.
No final de 1999, Soichiro é eleito por jornalistas do mundo inteiro, o "Motociclista do Século", aliás, um título prá lá de justo. Graças ao seu sonho e sua grande obra, sem dúvida, foi um grande personagem do motociclismo.


História da Honda em vídeo:


Site da Honda no Brasil - www.honda.com.br
Fonte: .rockriders.com.br

2 comentários:

  1. Confiabilidade, acredito eu, deve ser a palavra que define a marca honda. Já li neste site sobre algumas marcas e aprendi muito sobre um mundo que amo. Todas as histórias são de luta, perseverança, pesquisa e muito trabalho, todas recompensadas com crescimento e reconhecimento, mas a história da honda é uma inspiração para nós brasileiros, a interferência que esta marca teve e tem no cotidiano do brasileiro é tão importante que ela até parece ser uma marca nossa, brasileira das boas. Hoje os jovens não percebem isto da mesma forma que minha geração, mas lá nos meados da década de 70, quando ter um veículo próprio era um sonho muito distante de ser realizado pela grande maioria dos brasileiros, quando o Silvio Santos sorteava um fusca a cada final de semana e quem ganhava era um sortudo dos grandes, a honda mudou isto vendendo um veículo confiável, relativamente barato, que inclusive acabou com a tal da chispa, uma motoca muito doida que existia na época, parecia um cruzamento da lambreta com um filhote de cruz credo. Com um design moderno, três modelos ( Turuna, ML e CG), logo arrebatou os corações e os bolsos dos tupiniquins e se tornou uma febre que até hoje não foi curada.

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  2. Fiquei encafifado com este nome, chispa, fui pesquisar por achar que estava errado, apesar de bem viva em minha memoria a lembrança da tal motoca, encontrei no mercado livre varias à venda e a preços bem elevados, descobri ainda que de fato escrevi errado o nome da danada, não é chispa e sim, xispa, me perdoem o erro.

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