Tenho um pagina no Facebook, (D.Lucas Barbosa), gosto de poder rever antigos amigos e fazer novas amizades, levar informação e poder passar um pouco da técnica motociclística que adquiri em mais de 18 anos de trabalho com motocicletas na Polícia Rodoviária Federal.
Pois bem, você é uma motociclista, sim. Agora, a denominação eu não posso informar. Em nosso meio, muitas são as denominações para motociclistas e até eu não sei o que sou, porque participo da maioria dos eventos. Tenho sorte de minha esposa ser motociclista, policial e instrutora de motocicleta, mas, se sou estradeiro ou não, realmente não sei. Só posso dizer que a palavra “irmandade”, como diz o Bodes do Asfalto MC, significa: “Irmandade provém de irmão, portanto, considerando-se que os motociclistas possuem os mesmos ideais relacionados à motocicleta e se consideram "irmãos por afinidade", então, eles pertencem a uma mesma Irmandade. Claro que isso vem de muito tempo e esta Irmandade cresceu baseada em tradições e regras próprias que a tornam única, portanto, sua ideologia não deve ser desvirtuada, mas, sim, preservada a todo custo, sempre honrando suas cores, um dos outros, cada um com a sua bandeira.”
Foi no Facebook que divulguei meu livro “Motos Na Estrada”, da Editora Kiron, no qual passo técnicas de segurança para pilotar motocicletas e onde posso receber mensagens como a da colega motociclista Simone Riella, que fez a seguinte indagação: “Qual a diferença entre estradas e ruas? Faço esta pergunta, pois fico encabulada com algumas postagens no ‘face’ e pela postura adotada por algumas criaturas que se intitulam estradeiros (as). Sudoeste, Florida Mall, Encontro da Vila e Pontão me tornam estradeira (o)???? É só uma pergunta boba, mas o meio motociclístico de Brasília está virando um teatro!!!”
Pois bem, você é uma motociclista, sim. Agora, a denominação eu não posso informar. Em nosso meio, muitas são as denominações para motociclistas e até eu não sei o que sou, porque participo da maioria dos eventos. Tenho sorte de minha esposa ser motociclista, policial e instrutora de motocicleta, mas, se sou estradeiro ou não, realmente não sei. Só posso dizer que a palavra “irmandade”, como diz o Bodes do Asfalto MC, significa: “Irmandade provém de irmão, portanto, considerando-se que os motociclistas possuem os mesmos ideais relacionados à motocicleta e se consideram "irmãos por afinidade", então, eles pertencem a uma mesma Irmandade. Claro que isso vem de muito tempo e esta Irmandade cresceu baseada em tradições e regras próprias que a tornam única, portanto, sua ideologia não deve ser desvirtuada, mas, sim, preservada a todo custo, sempre honrando suas cores, um dos outros, cada um com a sua bandeira.”
Nós mesmos inventamos nomenclaturas como "cecezeiros, motoqueiros, jaspeiros, estradeiros". Eu acho que “jaspeiro”, em sua maioria, possui motos esportivas, gosta mais da adrenalina, de uma velocidade maior, de se juntar com outros que possuem motos grandes, de frequentar lugares diferentes dos estradeiros, enfim, de motos caras, esportivas e chamativas. São famosos também por ter um lado "motoqueiro" de ser, existem exceções, mas, em sua maioria, são mais agitados. Já os “estradeiros”, em sua maioria, são motociclistas que possuem motos custom, estilo as Harley Davidson, gostam mais das estradas, sem alta adrenalina. Estão ali para curtirem o estilo, o viver o motociclismo em si, curtir a irmandade, os encontros.
Diversas vezes participei de discussão sobre jaspeiros e estradeiros, o que entendo ser uma perda de tempo, pois, muitas vezes, elas terminam em bate boca sem fim, criando mais um problema entre motociclistas, pois os extremos não podem ser debatidos. Se o gosto de um é esportivo, não pode estar errado, se ele gosta da velocidade, que assuma seus riscos e as infrações de trânsito, cada um em seu mundo. Não precisamos aceitar ser os dois, mas também não precisamos sair falando mal de um ou de outro. Saiba se comportar entre quaisquer deles e sejamos todos "Motociclistas", independentemente da moto, da cilindrada ou do poder aquisitivo!
Não se julgue superior ao outro só porque tem uma moto mais cara, tem um estilo que você acha certo, se julga mais motociclista, ou é o certo na história, se pode andar mais de moto na estrada, se gosta de levar a moto no reboque ou se vai aos encontros de carro, tornando-se os famosos “coxinhas”, porque cada situação depende da ocasião e toda esta discussão termina em divisão e quem perde com isso é o motociclismo, a irmandade.
Alguns costumam dizer que jaspeiro ou estradeiro é um estado de espírito, um modo de comportamento que o motociclista interage com a irmandade e sua moto. Também faz sentido! Porque “não é a moto que faz o motociclista, e, sim, ele próprio”!
Quando estamos em um encontro de motociclistas, a mistura é de todo tipo. Jaspeiros e estradeiros num só local, convivendo harmoniosamente. Todos estão ali para curtir um bom encontro!
Muitas pessoas possuem motos, mas não sabem usar este equipamento por desconhecimento ou ignorância. Motociclismo é também saber se portar em todas as ocasiões.
Portanto, somos todos motociclistas e estas denominações somente dividem o motociclismo. Cada um tem sua moto, pagou por ela e vai aos encontros da maneira que quiser. Tenha certeza de uma coisa: você é uma “grande” motociclista, e sua pergunta foi pertinente porque levantou o velho tema, jaspeiro x estradeiro. Isso não existe. O que existe é o respeito às leis de trânsito e o bom convívio entre os motociclistas. Andar de moto é um prazer e estar entre amigos, melhor ainda.
Agora a pouco comentei outra matéria afirmando que existem intelectuais em todas as áreas, porém por outro lado, existem também os cabeças de bagre e assim sendo, no mundo das motos não poderia ser diferente. Os motociclistas que se comportam fora da curva do bom comportamento, seja na velocidade, seja na arrogância, seja no campo de relacionamento com outros, são os que criam tais desavenças entre os que, de bom coração, estradeiros, jaspeiros, bem aquinhoados ou não, compram suas motos com a intenção de curtir a estrada ou a cidade, de fazer amizades e que acabam se apaixonando pelo meio. Em resposta a pergunta da Simone Riella, com a devida permissão do nobre escritor, me atrevo a dizer que ter moto, fazer parte de um grupo, correr ou andar de forma mais comedida, só tem importância se você for uma pessoa querida no meio, se não for não vai importar que moto você tenha, você será expurgado do meio por suas próprias atitudes, então, mesmo que vá de carro, se o espirito for de companheiro, você se sentirá em casa ao estar junto a outro motociclista, obrigado.
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